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A pandemia do novo coronavírus está afetando toda a sociedade. As ONGs que dependiam de eventos como brechós, bingos e jantares beneficentes para arrecadação de recursos. Buscam novas formas de garantir o pagamento das despesas (aluguel, funcionários, conta de energia e internet) e manter o atendimento remoto; e em alguns casos, individual.

As organizações adaptam e reinventam 

Muitas organizações têm usado o telefone e ferramentas digitais para não descontinuar o atendimento. Precisam lidar também com o acesso precário a essas ferramentas: ausência de internet e telefone em casa, celulares com planos de dados limitados.

As instituições estão reinventando práticas e metodologias de trabalho para continuar dando assistência. Na Casa Angela – organização que trabalha com apoio ao parto humanizado – as atividades em grupo com gestantes e mães de recém nascidos foram substituídas por lives sobre trabalho de parto, amamentação e chegada do bebê e atendimento telefônico individual. Já na Afesu – que trabalha com formação, valorização e promoção de mulheres no mercado de trabalho – coordenadoras criaram um grupo no Facebook para o envio de atividades diárias às alunas.

Organizações como Banco de Alimentos e Gastromotiva, que coletam alimentos excedentes e distribuem para instituições assistenciais, precisaram redefinir a logística de recebimento e entrega das doações para que não deixassem de prover alimentos e conseguissem garantir a segurança da equipe de funcionários.

Há grande mobilização para garantir alimentação para o público atendido

Muitas famílias que dependiam da merenda escolar e de refeições ofertadas pelas organizações sociais encontram dificuldades para garantir alimentação para todas as pessoas que agora estão em casa. Além do custo, essas famílias nem sempre conseguem garantir a variedade e qualidade da alimentação oferecida nas instituições que seguiam normas nutricionais.

Para suprir a ausência das refeições que esse público recebia durante as atividades, as instituições criaram campanhas para arrecadar doações em dinheiro e comprar itens de necessidade básica e higiene e limpeza. O Projeto Arrastão – que trabalha o desenvolvimento de comunidades da região do Campo Limpo (SP) iniciou a arrecadação com a meta de entregar kits para 550 famílias atendidas. A ONG Uerê – projeto educacional da Favela da Maré (Rio de Janeiro) – tem se movimentado para distribuir cestas equivalente a um mês de alimentação para uma família de 5 pessoas às famílias dos alunos.

Canais de doação online

Como consequência do isolamento e restrição de circulação de pessoas, há uma crescente busca por meios digitais para receber doações. Plataformas coletivas, canais de financiamento coletivo e páginas de doação nos sites das próprias organizações com possibilidades de pagamento via cartão de crédito, paypal, mercado pago, QR code. Além do incentivo à transferência bancária online.

Atores do setor filantrópico criaram canais coletivos para divulgar as ações. O Fundo Colaborativo Enfrente reuniu diversas campanhas de financiamento coletivo com foco em enfrentar os efeitos do Coronavírus nas periferias; e a cada R$ 1 real doado, o fundo investe mais R$ 2. A campanha #FamíliaapoiaFamília criou uma plataforma aberta para apoiar várias ONGs que estão distribuindo cestas básicas para famílias desamparadas em diversas regiões do país.

Por Nathalia Evelyn e Sulamita Santana

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