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As organizações da sociedade civil (ONGs, institutos, fundações, coletivos etc.) têm ocupado um espaço importante no combate à COVID-19 no Brasil. Mas, desde que a pandemia chegou ao país, grande parte delas encontra grande tem sido gravemente atingidas pela crise .

O estudo Impacto da COVID-19 nas OSCs brasileiras: da resposta imediata à resiliência releva que 73% das ONGs enfrentam diminuição da captação de recursos para manter suas atividades e custos operacionais. Em um cenário no qual 87% delas está oferecendo atendimento às populações afetadas pela COVID-19.

“A ideia do estudo surgiu porque começamos a perceber um cenário paradoxal: por um lado,  as OSCs, estratégicas no combate aos problemas sociais e ambientais brasileiros, passaram a ser ainda mais relevantes para atenuar os efeitos da COVID-19 nas populações mais afetadas. Por outro lado, identificamos que a sustentabilidade das OSCs, já frágil em momentos normais, vai piorar com os efeitos da pandemia.” aponta Rodrigo Alvarez, diretor da Mobiliza e um dos idealizadores e coordenadores do estudo.

O levantamento, com abrangência nacional, ouviu 1.760 instituições, entre 18 e 31 Maio de 2020. Os dados encontrados apontam a fragilidade da sustentabilidade financeira das organizações em momento de maior demanda e ação do setor social. A dificuldades de financiamento pode comprometer seriamente a capacidade de oferecer serviços. Enquanto 20% declara já estar sem recursos financeiros para continuar suas atividades, 26% tem recursos para operar por até 3 meses.

Quem apoia quem faz as doações chegarem nos que mais precisam?

Há otimismo em relação à cultura de doação no Brasil – 42% das OSCs acredita que irá crescer, mas com foco em assistência social e saúde. Mas as pessoas e empresas doam em grande parte para ações voltadas para o público atendido. Os entrevistados preveem um futuro incerto em relação a própria sustentabilidade financeira, com expectativa de queda significativa das doações de pessoas físicas (46%) e dos recursos captados com empresas, fundações e institutos (46%)

“Se nada mudar, o cenário para os próximos dois, três anos para as OSCs será muito difícil, pois elas estarão lidando com demanda aumentada e diminuição de recursos”, afirma Fernando Rossetti, responsável pela pesquisa na Reos Partners.

Demandas indicadas pela pesquisa

As necessidades principais indicadas pelos respondentes são recursos para manter seus custos operacionais (69%) e engajamento da sociedade para manter e apoiar suas ações (46%).

O Movimento Arredondar busca meios de implementar parcerias para criar oportunidades de doação; e assim, levar recursos livres para que as organizações possam investir em custos operacionais e projetos desenvolvidos. “Mais do que nunca, ampliar a abrangência da nossa proposta significa trabalhar para melhorar o cenário de financiamento e fortalecer a atuação do setor social no enfrentamento dos problemas mais graves do país, durante e depois da pandemia”, afirma Beatriz Bouskela, Vice-Presidente do Arredondar.

Acesse o sumário completo aqui: https://mailchi.mp/mobilizaconsultoria/covid19

Ficha técnica da pesquisa:

Coordenação: Mobiliza e Reos Partners

Apoio financeiro: Laudes Foundation, Instituto Sabin, Fundação Tide Setubal, Instituto ACP, Instituto Ibirapitanga, Instituto Humanize e Ambev

Comitê estratégico: ABCR, GIFE, Ponte a ponte, Movimento Arredondar, Move social, Prosas, Instituto Filantropia, Nossa Causa e Rede de Filantropia para Justiça Social

Parceiro técnico da pesquisa: Move Social

Identidade visual e materiais de comunicação: BeCause

#ONGs #COVID19 #TerceiroSetor #pesquisa

Por Sulamita Santana

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