A doação representa mais do que um ato de solidariedade. Quando pessoas e empresas doam, abraçam a vontade de mudar realidades. Quando doam, consciente ou inconscientemente, elas decidem ser corresponsáveis pela mudança que desejam para o país, apoiando o desenvolvimento de comunidades, ajudando a promover oportunidades e formação, ampliando programas de assistência a grupos em vulnerabilidade.
O Brasil é um país solidário. A cada dez pessoas, sete já fizeram alguma doação nos últimos 12 meses. Mas doar ainda não é um hábito recorrente.
Quando comparado com outros países, o Índice Global de Solidariedade (WGI – World Giving Index) realizado pelo CAF – Charities Aid Foundation mostra que o hábito de contribuição dos brasileiros tem diminuído. O país que ocupou a 76º posição em 2016, apareceu em 2018 no 122º lugar de um ranking com 146 países, sendo o que menos contribui na América Latina.
Mas por que as pessoas não doam mais? Segundo essa mesma pesquisa, 57% declaram que doariam mais se tivessem mais dinheiro e 46% doariam mais se soubesse com certeza como o dinheiro é gasto. O que mostra que as pessoas querem doar. E podem não conhecer os meios para tornar essa experiência possível.
Muita gente quer se envolver com projetos sociais, mas não sabe como começar, onde obter informações sobre as ONGs e sobre o que elas fazem, ou como acompanhar os resultados.
Hoje, dia 3 de dezembro, o Brasil é um dos 55 países do mundo que adotaram o Dia de Doar para estimular mais generosidade, mais atitudes de apoio aos trabalhos que geram impacto social. Nesse dia tão inspirador, eu quero deixar um convite especial:
- Descubra uma causa que você se identifique, conheça de perto o trabalho de uma ONG, permita-se conectar e fazer parte desse potente movimento de transformação.
- E depois, colabore. Doe dinheiro, doe objetos que não usa mais, doe tempo para uma experiência como passar o dia em um lar de idosos, doe experiência como voluntário.
- Por último, compartilhe sua experiência com amigos, familiares – vamos trazer o tema da doação e da transformação que queremos para a mesa do almoço, pro cafezinho, e pro bate papo com o colega de trabalho.
Juntos, conseguiremos construir um caminho de mais igualdade, justiça e solidariedade.
Por Nina Valentini. Fundadora e Presidente do Movimento Arredondar.
Leia o artigo na íntegra, publicado na UOL ECOA